A terapia de casal no difícil caminho do Amor...
“Parece que chegámos ao fim da linha…
As coisas não estão bem.
Já não há magia…”
Todos sabemos que construir uma relação
afectiva demora tempo e é preenchida por momentos que nem sempre são mágicos!
Uma relação, exige negociação e, acima de tudo, cedência e harmonia. Ser capaz
de ceder, com o intuito de oferecer, de dar, de crescer a dois, é sem dúvida, a
principal chave da harmonia.
Frequentemente é-me partilhado no “sofá
terapêutico”, o quão difícil e assustador é, lidar com a palavra “Amo-te”! Por
vezes, assusta só de ouvir… Não se sabe o que fazer, mas fica o sentimento de
ter que responder igual.
É quase como se esta palavra, fosse
sinónimo de Compromisso! Daí, o medo…
Todas as relações dão trabalho… Todas
trazem como companhia sensações que nos inquietam, tais como preocupações,
incertezas, mágoas, medos, desistências, entre outras consequências. Amar
implica trabalho no sentido do investimento activo e assertivo a que obriga.
Pressupõe capacidade e vontade de sair de si próprio e olhar para o outro com
capacidade de ver, a verdadeira essência do termo.
Implica frontalidade, capacidade
negocial, honestidade, lealdade e sobretudo… Diálogo! É no diálogo que a
relação se constrói, cresce e fortalece.
Na relação, estão em jogo várias
personalidades: o eu próprio, o eu na relação e o nós! Uma relação não pode ser
sinonimo de fusão de personalidades. Cada um é único na sua individualidade e
os dois traçam caminho paralelo, mas jamais fundidos.
No processo terapêutico em casal o foco
predominante é a relação de casal. Cada elemento é também contemplado na sua
individualidade, mas o foco é sobretudo a relação de casal e o que é que está a
acontecer na relação que está a contribuir para o problema relacional. O
envolvimento de ambos os elementos do casal é um factor essencial na medida em
que é partilhada a responsabilidade pela compreensão do problema e pelas
mudanças desejadas para a relação.
A psicoterapia de casal procura, assim,
ajudar o casal a reconhecer os seus padrões de interacção disfuncionais e
favorecer uma partilha mais genuína e aceitante do que são as necessidades,
desejos e angústias de cada um, no sentido de promover mudanças que beneficiem
a relação.
Esta procura de ajuda é importante para
todos os casais que, pelos mais diversos motivos, estejam a atravessar um
período de crise e que sintam desejo de lutar pela continuação da relação.
Dra. Débora Água-Doce
O Canto da Psicologia
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