Pandemias, epidemias e catástrofes naturais têm tendência a propagar medos e a alterar comportamentos. Quanto maior for o evento stressante, maior será o seu impacto e as suas consequências. A saúde mental deve ser uma das preocupações centrais desta pandemia. Existem pessoas com predisposição psicológica, que se encontram mais vulneráveis, que podem desenvolver perturbações mentais, mas, na realidade, ninguém está ileso de as desenvolver.
Com
a pandemia, todos temos comportamentos diários repetitivos, como lavar as mãos,
usar frequentemente o álcool desinfetante, desinfetar produtos que trazemos
para casa, entre outros. Estes comportamentos quando associados a este evento stressante
podem desenvolver uma TOC ou agravar quando já existe.
E
a Fobia Social? Algumas pessoas com este diagnóstico sentiram os seus
sintomas diminuídos aquando da quarentena obrigatória, não estando expostas ao
seu maior medo, o medo da interação social, da avaliação do outro, da exposição
ao outro. Mas há quem tenha desenvolvido um quadro de solidão e tristeza
profunda em consequência do isolamento social e que pode tornar ainda mais dificil
um regresso a esta nova realidade, com medos mais intensos e por consequência
uma maior ansiedade.
Falar
sobre os medos alivia a ansiedade e contribui para um bem-estar psicológico,
necessário para superar esta pandemia. Estes medos e a consequente ansiedade
podem surgir em adultos, mas também nas crianças e nos adolescentes. Não hesite
em procurar a ajuda de um Psicoterapeuta de modo a evitar um sofrimento
prolongado.
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