O início de um processo
Psicoterapêutico traz consigo muitas expectativas, idealizações e questões.
Quando imaginamos ir ao Psicólogo,
muitas vezes, esperamos uma alteração de comportamentos ou do fluxo de
pensamento rápido e imediato; muitas vezes esperamos respostas diretas por parte do Psicólogo que nos acompanha.
A função do Psicólogo é acima de tudo
ajudar a pensar e a compreender-nos. Ajuda a transformar pensamentos, ajuda a
pensar sobre nós próprios, sobre as experiências pessoais, as emoções, os
pensamentos, os comportamentos, os desejos, as fantasias, as idealizações: tudo
o que a nossa mente é capaz de construir. É com esta pessoa que não tememos ser
verdadeiramente sinceros e transparentes, com quem podemos partilhar o que
nunca partilhámos: dúvidas, crenças, pensamentos, inseguranças, fragilidades.
Uma certeza podemos ter: a pessoa que nos ouve e está à nossa frente não vai
julgar nem condenar; vai acolher, escutar ativamente e abraçar as nossas
palavras e emoções, cumprindo sempre os princípios éticos da privacidade e da
confidencialidade.
Quanto às respostas..? Bom, elas
surgem no decorrer do processo terapêutico. O aumento da capacidade de nos
pensarmos, as questões que vão surgindo e o entendimento de tantas outras vão
abrir caminho para as respostas ou alterações procuradas.
Acrescentamos ainda a importância da
pergunta: muitas vezes pretendemos encontrar uma resposta a um porquê e existem
muitas mais interrogações que podem e, quem sabe, devem ser colocadas! No fim
de contas o aumento do autoconhecimento e do bem-estar emocional são os
objetivos últimos e nem sempre advém de uma resposta direta mas sim de uma
associação de pensamentos trabalhados e devolvidos em setting terapêutico.
O Psicólogo é quem que ajuda na compreensão
das necessidades, dos padrões que vivemos e adoptamos. Alguém que nos ajuda a
pensar e a questionar o que antes não era questionado, tendo sempre como
finalidade o bem-estar emocional.
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