Comecei há pouco tempo um trabalho de habilitação funcional
ao nível da articulação do joelho com uma nova aluna. Num dos treinos, ela
questionou-me se “podia ultrapassar o joelho face à ponta do pé no
agachamento”. Esta questão, veio no seguimento de um professor num ginásio, lhe
ter dito que nunca devia ultrapassar tal amplitude, porque era muito perigoso!
Infelizmente este mito, a par de outros continua a ser
apregoado pelos profissionais do exercício e do fitness.
A melhoria da mobilidade articular dita funcional, não passa
por colocarmos os alunos em posições de extrema amplitude de forma estática.
Deve passar em primeiro lugar, por desenvolver controlo motor a nível
neuromuscular e só depois trabalhar em pequenas ou grandes amplitudes.
As articulações não funcionam de forma isolada. No caso de um
joelho instável, o problema pode estar na articulação a montante ou a jusante,
ou seja, no tornozelo ou na anca.
Padrões de movimento mal executados, articulações frágeis ou
a queima de etapas nos processos de treino é que levam a suposições erradas
sobre exercícios e movimentos.
Apesar de ser uma questão complexa, passar o joelho da
ponta dos pés não é um problema para grande parte das pessoas.
Lembre-se, não existem exercícios contraindicados, mas sim
pessoas contraindicadas para eles!
A chave do processo, passa por saber a
dosagem/quantidade certa a aplicar a cada aluno de forma única e individual.
Procure um profissional de exercício especializado para o ajudar.
Bons treinos!
Instagram: hugo_silva_coach
-Licenciatura Educação Física/Especialização Treino Personalizado
-Pós-Graduação em Marketing do Fitness
-Pós-Graduando em Strength and Conditioning
-Director Técnico ginásio Lisboa Racket Centre
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