sexta-feira, 30 de maio de 2014

Homens que Amam Demais…


A ideia do meu pai sobre um homem era: alguém que praticava desportos, gostava de futebol, trabalhava para sustentar a família. Amor, não era para ser levado a sério nem devia ter importância na sua vida.
Anónimo

De repente e porque assim as iniciativas d’ O Canto da Psicologia obrigam, encontrei-me perante um desafio de pensar e escrever um texto sobre isto de, “Homens que Amam Demais”.
Num universo temporário de Grupos Terapêuticos virados sobretudo para as mulheres, como é o caso dos Grupos que estão a decorrer no nosso espaço em Lisboa, Mães que Amam Demais e Mulheres que Amam Demais, resolvemos pensar também, “masculinamente”!
E sim, os Homens também amam demais. E porque não o deveriam?
Como temos referido insistentemente por aqui, amar não é errado! O amor apazigua, tranquiliza e quando vivido saudavelmente, uma entrega solta, sem cobranças, vai surgindo nas relações, quer elas sejam vividas entre mãe e filho/a, quer elas sejam vividas no seio do casal. Mas, e quando esse amor excessivo, impulsivo e sem controlo, faz com que nos esqueçamos de nós? Que vivamos só, no oxigénio que o outro respira, no riso que o outro dá, nas palavras que o outro nos devolve sobre nós próprios? Aí, vira um tormento! Um sufoco! Vira doença! Deixa de ser amor!
E porque não deveriam os homens também fazer parte deste tipo de amor, este "amor que ama demais"?
Shere Hite no seu livro “ O Relatório Hite sobre Sexualidade Masculina” dá-nos uma perspectiva, a partir das respostas e testemunhos ao inquérito, entre outros temas, sobre a forma como os homens se olham enquanto “ser Homem” e como vêem o “Amor” nos relacionamentos. Reconheço que, apesar do estudo ter sido feito com homens americanos, não me parece que o sentir por lá, seja tão diferente do sentir por cá, reparem:
“ Homem, não tem que se magoar, chorar, demonstrar afeição abertamente ou ,reagir à emoção do outro. “
“ Geralmente prefiro guardar os meus sentimentos para mim, tanto quanto possível, embora reclame, grite e chore, quando sozinho”.
“…tento ser honesto com as minhas emoções. Mas a maior dificuldade é admiti-las para mim próprio. Estou tão acostumado a fingir sempre que está tudo bem. Acho que isto faz parte do treinamento do “não chore” e “seja homem”.
Perante este último testemunho, convenhamos, talvez não seja assim tão fácil um homem admitir que ama demais!
Segundo a mesma autora, no capitulo do Amor encontrou homens que partilhavam a ideia de que, o amor só era real ou muito bom quando se desenvolvia com o tempo; que o amor verdadeiro era o forte e inexplicável sentimento que tinham por outra pessoa quase imediatamente; outros, que o amor não era assim tão importante e o que contava era sobretudo aquilo que o seu pénis lhes devolvia. Por outro lado, alguns, gostavam de amar e reservavam para isso, um lugar importante nas suas vidas mesmo admitindo que, ás vezes, esse amor, doía.
Como vê, sempre pertinentes estes desafios do Canto da Psicologia!
Por isso, homem que está por aí a ler-nos ou que foi obrigado a ler-nos pela sua namorada/o ou companheira/o e sente que estamos a falar para si, que não consegue manter e nutrir relacionamentos saudáveis, que se coloca na maior parte das vezes, se não totalmente, em relações difíceis, desgastantes e destrutivas, que sente que cria expectativas irreais na sua relação, que não confia na sua parceira/o, que vive dependente do que ela/e faz, diz ou pensa, saiba que, decididamente, AMA DEMAIS e que este amar, não é saudável!
Acredite que o estado da sua auto-estima, autoconfiança e auto-segurança, não está a ajudar e que, pelo contrário, empurra-o suicidamente para uma relação mais de dependência ou co-dependência do que, amor verdadeiro.
Se assim o entender, caro Homem que se identifica com o que acabamos de escrever, saiba que agora, a conversa é consigo por isso, esteja atento! Muito brevemente, vamos trazer-lhe novidades sobre o Grupo Terapêutico de Homens que Amam Demais a iniciar-se em Junho!
A viagem que o convidamos a fazer connosco tendo como guia o Dr. Cláudio Rebordão, vai permitir-lhe partir do “amar demais” e chegar até ao seu destino que será “amar-me e amar de forma equilibrada”.
Esse, é o nosso objectivo!
Esperamos por si!


O Canto da Psicologia

Ana de Ornelas
Directora Técnica



quinta-feira, 22 de maio de 2014

O Canto da Psicologia no "Queridas Manhãs"






MULHERES QUE AMAM DEMAIS

A Dr.ª Débora Água-Doce, a falar sobre aquilo que mais tem trabalhado ultimamente, a partir dos nossos Grupos Terapêuticos de Mulheres que Amam Demais...
O Canto da Psicologia a fazer-se notar pelos desafios a que se propõe e pelos desafios que propõe a si...

Logo, logo, prometemos colocar no ar, o link da "conversa" completa! 
Obrigada por estar connosco!!!




quarta-feira, 21 de maio de 2014

SIC Queridas Manhãs / O Canto da Psicologia








O que é que O Canto da Psicologia tem a ver com a SIC - “Queridas Manhãs” ?

Porque falar de amor não cansa e amar demais extenua e porque, O Canto da Psicologia toca sempre em temas absolutamente pertinentes e actuais, nesta pseudo-relação de dependência e codependencia com os mídia  , é com imensa satisfação que assumimos, pelo menos por um dia, “ estar numa relação” com a SIC - Queridas Manhãs e que esta, vai ter o seu momento alto amanhã, por volta das 11h00 em directo, perante o país, quando a Dr.ª Débora Água-Doce, psicóloga responsável pelos nossos Grupos Terapêuticos para Mulheres que Amam Demais, admitir que :“… por cá, há muitas mulheres e homens a amar demais”.

Que por isso, nós, O Canto da Psicologia, insistimos na importância destes Grupos Terapêuticos onde estas relações disfuncionais devem e podem ser pensadas e trabalhadas!

Amanhã, com dois casos de “Mulheres que Amam Demais” em estúdio, a Dr.ª Débora Água-Doce vai explicar o que é isto de Amar Demais e o quanto um Grupo como este, deve e pode ajudar neste difícil percurso pelos labirintos do amor…

Amar não cansa… Amar errado, consome, até a alma…

Contamos consigo amanhã para testemunhar connosco este “assumir de relação”!
Tenha um excelente dia…

O Canto da Psicologia
Ana de Ornelas
Directora Técnica




segunda-feira, 19 de maio de 2014

Homens que Amam Demais...









Homens que Amam Demais…


“ A ideia do meu pai sobre um homem era: alguém que praticava desportos, gostava de futebol, trabalhava para sustentar a família. Amor, não era para ser levado a sério nem devia ter importância na sua vida”
Anónimo

De repente e porque assim as iniciativas d’ O Canto da Psicologia obrigam, encontrei-me perante um desafio de pensar e escrever um texto sobre isto de, “Homens que Amam Demais”.

Num universo temporário de Grupos Terapêuticos virados sobretudo para as mulheres, como é o caso dos Grupos que estão a decorrer no nosso espaço em Lisboa, Mães que Amam Demais e Mulheres que Amam Demais, resolvemos pensar também, “masculinamente”! 

E sim, os Homens também amam demais. E porque não o deveriam?

Como temos referido insistentemente por aqui, amar não é errado! O amor apazigua, tranquiliza e quando vivido saudavelmente, uma entrega solta, sem cobranças, vai surgindo nas relações, quer elas sejam vividas entre mãe e filho/a, quer elas sejam vividas no seio do casal. Mas, e quando esse amor excessivo, impulsivo e sem controlo, faz com que nos esqueçamos de nós? Que vivamos só, no oxigénio que o outro respira, no riso que o outro dá, nas palavras que o outro nos devolve sobre nós próprios? Aí, vira um tormento! Um sufoco! Vira doença! Deixa de ser amor! 

E porque não deveriam os homens também fazer parte deste tipo de amor, este "amor que ama demais"? 

Shere Hite no seu livro “ O Relatório Hite sobre Sexualidade Masculina” dá-nos uma perspectiva, a partir das respostas e testemunhos ao inquérito, entre outros temas, sobre a forma como os homens se olham enquanto “ser Homem” e como vêem o “Amor” nos relacionamentos. Reconheço que, apesar do estudo ter sido feito com homens americanos, não me parece que o sentir por lá, seja tão diferente do sentir por cá , reparem:

“ Homem, não tem que se magoar, chorar, demonstrar afeição abertamente ou ,reagir à emoção do outro. “

“ Geralmente prefiro guardar os meus sentimentos para mim, tanto quanto possível, embora reclame, grite e chore, quando sozinho”.

“…tento ser honesto com as minhas emoções. Mas a maior dificuldade é admiti-las para mim próprio. Estou tão acostumado a fingir sempre que está tudo bem. Acho que isto faz parte do treinamento do “não chore” e “seja homem”.

Perante este último testemunho, convenhamos, talvez não seja assim tão fácil um homem admitir que ama demais!

Segundo a mesma autora, no capitulo do Amor encontrou homens que partilhavam a ideia de que, o amor só era real ou muito bom quando se desenvolvia com o tempo; que o amor verdadeiro era o forte e inexplicável sentimento que tinham por outra pessoa quase imediatamente; outros, que o amor não era assim tão importante e o que contava era sobretudo aquilo que o seu pénis lhes devolvia. Por outro lado, alguns, gostavam de amar e reservavam para isso, um lugar importante nas suas vidas mesmo admitindo que, ás vezes, esse amor, doía. 

Como vê, sempre pertinentes estes desafios do Canto da Psicologia!

Por isso, homem que está por aí a ler-nos ou que foi obrigado a ler-nos pela sua namorada/o ou companheira/o e sente que estamos a falar para si, que não consegue manter e nutrir relacionamentos saudáveis, que se coloca na maior parte das vezes, se não totalmente, em relações difíceis, desgastantes e destrutivas, que sente que cria expectativas irreais na sua relação, que não confia na sua parceira/o, que vive dependente do que ela/e faz, diz ou pensa, saiba que, decididamente, AMA DEMAIS e que este amar, não é saudável! 

Acredite que o estado da sua auto-estima, autoconfiança e auto-segurança, não está a ajudar e que, pelo contrário, empurra-o suicidamente para uma relação mais de dependência ou co-dependência do que, amor verdadeiro.

Se assim o entender, caro Homem que se identifica com o que acabamos de escrever, saiba que agora, a conversa é consigo por isso, esteja atento! Muito brevemente, vamos trazer-lhe novidades sobre o Grupo Terapêutico de Homens que Amam Demais a iniciar-se em Junho! 
A viagem que o convidamos a fazer connosco tendo como guia o Dr. Cláudio Rebordão, vai permitir-lhe partir do “amar demais” e chegar até ao seu destino que será “amar-me e amar de forma equilibrada”.
Esse, é o nosso objectivo!

Esperamos por si!

O Canto da Psicologia
Ana de Ornelas
Directora Técnica


sábado, 17 de maio de 2014

Dia Internacional contra a Homofobia








A 17 de Maio de 1990 a Homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), após um longo caminho até ser compreendida sob a perspectiva do indivíduo e não sob a perspectiva da doença.

24 anos volvidos, que mudanças podemos equacionar?
Numa sociedade que se diz livre e democrática, não se vive ainda em preconceito?
Por aqui, privilegiamos a pessoa no seu todo, na sua complexidade. Trabalhamos angústias, desejos, fantasias, conflituosidades, mas sempre, inquestionavelmente, com o máximo respeito pela escolha individual de cada um. Ser livre é, também, ousar aceitar-se a si e ao outro, na diferença!


Dia Internacional da Família



Porque dia 15/05 foi Dia Internacional da Família 






Porque hoje é o Dia Internacional da Família...

Curiosa a forma como a família típica ou, atípica, nos entra diariamente pelo consultório através de quem nos procura: 
a família do/a paciente; e a família que este/a , de uma maneira ou de outra, tenta construir para si, alicerçada em padrões vividos no seu próprio contexto familiar e que, naturalmente quer reproduzir, ou não, de uma forma inconsciente, na sua relação actual .

“… lembro a relação dos meus pais: carinhosa, cheia de afecto, cúmplice, é isso que quero para mim. “ Ou então, “… não quero nem lembrar como era a minha família. Dias de violência física, vazia de afectos, pavor, pânico. Não quero isso para mim…”. Ou ainda, “… não sei dizer o que define a minha família: eles continuam juntos; mas a mim, parece-me mais que funcionam, tal como uma empresa, em que se marcam reuniões para se discutirem assuntos de forma formal e assusta-me pensar como vou eu, conseguir construir uma, de forma diferente…”

Um dia destes, uns pais atentos, vivendo eles próprios a tristeza da ruptura do seu casamente e consequentemente da sua família , pediam-me que recebesse a sua filha, porque estavam preocupados e temiam as consequências do divórcio no universo infantil da criança. Esta ideia pré-feita de já não haver família, esta ideia de presépio desfeito, apesar de inevitável, assustava-os e queriam saber como a filha estava a lidar com esta situação nova para todos!

A menina, com 8 anos, atenta e participativa no que íamos fazendo e pensando as duas, nomeadamente , no laço de afectos que sentia que se tinha desatado e partido, foi reconstruindo o seu pensar família e, com o tempo que fomos estando, foi sendo capaz de interiorizar de forma firme e segura a ideia de que, os laços de afecto que a uniam aos seus pais e os laços de afecto que uniam os seus pais a si, mantinham-se firmes e inquestionáveis independentemente, desta nova forma de “ser” família.

E um dia, numa altura em que a tristeza, a solidão, os medos e as angústias, já não eram coisas tão assustadoras para a Clara e que percebemos, as duas, que já estava capaz de pensar sozinha e continuar sem a minha ajuda, no momento da despedida ela diz-me:

- Sabes, cheguei aqui sozinha mas, afinal, saio daqui com o papá e a mamã, familiarizando!

Pois é Clara, o que importa mesmo, afinal, é continuar a ter uma família, mesmo que ela seja diferente de todas as outras famílias!

Tenha um excelente Dia Internacional da Família, é o que lhe deseja a Equipa d' O Canto da Psicologia!

Ana de Ornelas
Directora Técnica


terça-feira, 13 de maio de 2014

Terapia de Casal






A terapia de casal no difícil caminho do Amor...


“Parece que chegámos ao fim da linha…
As coisas não estão bem.
Já não há magia…”

Todos sabemos que construir uma relação afectiva demora tempo e é preenchida por momentos que nem sempre são mágicos! Uma relação, exige negociação e, acima de tudo, cedência e harmonia. Ser capaz de ceder, com o intuito de oferecer, de dar, de crescer a dois, é sem dúvida, a principal chave da harmonia.

Frequentemente é-me partilhado no “sofá terapêutico”, o quão difícil e assustador é, lidar com a palavra “Amo-te”! Por vezes, assusta só de ouvir… Não se sabe o que fazer, mas fica o sentimento de ter que responder igual.
É quase como se esta palavra, fosse sinónimo de Compromisso! Daí, o medo…

Todas as relações dão trabalho… Todas trazem como companhia sensações que nos inquietam, tais como preocupações, incertezas, mágoas, medos, desistências, entre outras consequências. Amar implica trabalho no sentido do investimento activo e assertivo a que obriga. Pressupõe capacidade e vontade de sair de si próprio e olhar para o outro com capacidade de ver, a verdadeira essência do termo.
Implica frontalidade, capacidade negocial, honestidade, lealdade e sobretudo… Diálogo! É no diálogo que a relação se constrói, cresce e fortalece.

Na relação, estão em jogo várias personalidades: o eu próprio, o eu na relação e o nós! Uma relação não pode ser sinonimo de fusão de personalidades. Cada um é único na sua individualidade e os dois traçam caminho paralelo, mas jamais fundidos.

No processo terapêutico em casal o foco predominante é a relação de casal. Cada elemento é também contemplado na sua individualidade, mas o foco é sobretudo a relação de casal e o que é que está a acontecer na relação que está a contribuir para o problema relacional. O envolvimento de ambos os elementos do casal é um factor essencial na medida em que é partilhada a responsabilidade pela compreensão do problema e pelas mudanças desejadas para a relação.

A psicoterapia de casal procura, assim, ajudar o casal a reconhecer os seus padrões de interacção disfuncionais e favorecer uma partilha mais genuína e aceitante do que são as necessidades, desejos e angústias de cada um, no sentido de promover mudanças que beneficiem a relação.
Esta procura de ajuda é importante para todos os casais que, pelos mais diversos motivos, estejam a atravessar um período de crise e que sintam desejo de lutar pela continuação da relação.


Dra. Débora Água-Doce
O Canto da Psicologia



segunda-feira, 5 de maio de 2014




Porque ontem, foi o Dia da Mãe...





Tenha uma fantástica semana... sempre que puder visite-nos, no nosso site www.canto-psicologia.com e na nossa página do FB https://www.facebook.com/cantodapsicologia...