terça-feira, 26 de abril de 2016

Versejando nutrição...









Quer lanchar e o que devemos escolher?
Vamos lá saber!

Oleaginosa
Gulosa
Conta, Peso e Medida
Pode ser consumida

Três de cada vez
Pode comer de quando em vez
É rica em ómega-3

Fonte de magnésio
É um caso sério

Fonte de vitamina E
Que importante que ela é

Tem muita fibra
Digna de pessoa com fibra
Muito activa
Que noz apelativa!

Amêndoa e avelã,
caju e noz
Somos todos fãs

É o que devem comer todos vós!

Júlio de Castro Soares


quinta-feira, 21 de abril de 2016



Este é um texto ao contrário, para ler aos mais pequenos quando chegarem a casa ou para ler a si próprio e interrogar-se: “O que quero que seja uma vez?”. Na dúvida, escolha-nos…



NÃO ERA UMA VEZ um burro, uma menina nem um boi.

NÃO ERA UMA VEZ de dia nem de noite nem outro tempo qualquer.

NÃO ERA UMA VEZ duas bruxas, uma sereia e cinco carros de bombeiros que apitavam pela cidade à procura de uma emergência.

NÃO ERA UMA VEZ príncipes, muito menos princesas nem castelos ou moradias em banda.

NÃO ERA UMA VEZ uma história com princípio, meio e fim (porque; às vezes no meio fica a melhor parte, como a da torrada, ou a parte chata, como nas telenovelas que os avós gostam de ver). 

NÃO ERA UMA VEZ uma aldeia mágica nem uma cidade enfeitiçada nem um país das maravilhas.

NÃO ERA UMA VEZ um menino de olhar triste, ou cansado, ou zangado (porque outros meninos tristes, cansados ou zangados gozaram com ele).

NÃO ERA UMA VEZ, há muito nem há pouco tempo, naquele lugar longínquo ou vizinho.

NÃO ERA UMA VEZ orelhas, narizes ou cabelos ao vento.

TAMBÉM NÃO ERA UMA VEZ ao sol.

NÃO ERA UMA VEZ no jardim zoológico, no parque nem na casa-de-banho.

NÃO ERA UMA VEZ sentados no sofá a ver televisão.

NÃO ERA UMA VEZ uma dança, aquela música ou a tua obra-prima.

NÃO ERA UMA VEZ, nem duas, nem três.

NÃO ERA UMA VEZ, mas também ERA UMA VEZ porque o não era não existe!

ENTÃO, ERA UMA VEZ uma história que começou tudo ao contrário!

Lúcia Paço
Psicóloga Clínica e Terapeuta Familiar e de Casal

terça-feira, 19 de abril de 2016

Dieta na bagagem

Muito já começam a gozar férias e o que comer nesse período é um assunto abordado.
Toda a preparação é um stress: escolha do local, reserva, carros, aviões, quartos, etc. Quando fazemos a mala para além da roupa devíamos reservar um espaço para a comida. Se por vezes estamos em sítios que sabemos ter um supermercado de conveniência, outras vezes nem tanto.
É fácil sucumbir ao gelado ou à batata frita dos menús artificiais, a chamada comida “molha turistas” (acabei de inventar a expressão).
 






Opções que pode tomar:
- Optar por sumos de fruta naturais, batidos ou smoothies em vez dos refrigerantes.
- Levar fruta fresca e frutos oleaginosos para petiscar na praia
Levar cenoura crua e colocar um espeto para ficar ao estilo sorvete, as crianças adoram.
- Optar por sorvete em vez de gelado, caso seja razão para ingerir algum deste produtos.
- Almoçar na praia? Peixe fresco e as típicas saladas de verão são um “must” que deve ser aproveitado. Muitos turistas suspiram pelos nossos pratos.
- Experimente levar um wrap de alface com tudo de bom lá dentro (fruta, vegetais, abacate, sementes, atum, entre outros)

Boas férias, ou pelo menos comece a pensar nelas, também ajuda!

quinta-feira, 14 de abril de 2016

As vozes de comando ...









No dia 16 de Abril comemora-se o  Dia Mundial da Voz! Por aqui, todos os dias, vozes mais alto se levantam... e essas, muitas vezes não se ouvem...invadem, no silencio, o espaço mental de cada um e precisam que alguém lhes dê voz...

- Ás vezes não as consigo calar! - Dizia-me alguém referindo-se às vozes que o dominavam diariamente -  Elas mudam constantemente!
- Como assim?
Destabilizam-me; geram em mim um imensurável eco de medo, raiva, angústia e pavor ; um tico e um teco constante dentro da minha cabeça como se eu, não tivesse voz  ! E fico assim, entregue a estas guerras vocais, que são tudo menos musicais, e que preencham este mundo interno meu que não vive, sobrevive!

Um grilo falante habita em nós desde que a tomada de consciência de um pensamento poderoso mas silencioso, se apodera do nosso cérebro perpetuando  memórias e  encetando diálogos internos; uns dirão é a Voz da Consciência, outros, o superego em acção!

Criando um teatro interno, cada um de nós escolhe os seus actores e dá vida à personagem dando-lhe a voz que quiser, colocando no tom e nas palavras uma emoção modelada a partir da interacção social interiorizada de acordo com o poder significante que cada um foi  tendo no decorrer das nossas vidas! Os modelos, inspiradores do enredo, como os pais ou professores (superego) em alguns sujeitos assumem uma presença com um tal grau de importância e superioridade que em extremo de patologia manifestam-se na consciência através de alucinações sonoras!

Numa hierarquia mental em que as personagens introjectam  papeís , há um inconsciente em cada sujeito com a sua própria voz, o seu próprio tom e o seu lugar definido.
Vivemos presos a estas vozes, umas doentes e outras saudáveis; umas consistentes e outras frágeis; em extrema característica patológica, por razões que ainda hoje os neurocientistas vão pesquisando, limitados por estas vozes que comandam, ficamos entregues  a químicos e a medidas médicas às vezes demasiado extremadas mas que, de alguma maneira,  promovem alguma autonomia e funcionalidade!

E as outras? As que, de uma maneira ou de outra se encaixam num padrão saudável de comportamento mas são tão  poderosas que nos fazem questionar sobre a nossa própria sanidade mental e limitam as nossas vivências diárias?
Essas coabitam internamente numa relação estável e raramente são questionadas! 

- a voz desafiante : Tenho que chegar aquela esquina antes que o carro passe por aquele poste senão eu morro;
- a voz que incapacita: Não faças! Vais-te  dar mal;
- a voz que intimida: Experimenta! Estou a avisar-te! Vão-te despedir!
- a voz que anula: Hum! Nem tentes! Não vais conseguir!
- a voz que deprime: Nunca vais ser capaz!
- a voz que deprecia: não mereces esse amor!


E estas andam por aqui num compasso diário, com livre trânsito, assumidas enquanto "normais", rodopiando num universo mental, dificultando ainda mais a noção de precariedade emocional não justificando a procura de ajuda.

Essas sim, são perigosas!! pense nisso...

Drª. Ana de Ornelas

O Canto da Psioclogia



terça-feira, 12 de abril de 2016

Fungagá da bicharada...





Estrelas e bactérias

Diz-se, na brincadeira, de  que há tantas bactérias no intestino como estrelas no céu.

Será um exagero, por certo,  mas dá-nos uma ideia do número incrível de seres que vivem dentro de nós em perfeita harmonia... na maioria das vezes.

A flora bacteriana, ou seja, todas as bactérias que habitam o nosso intestino, um autêntico ecossistema, são importantes e têm um papel fundamental na nossa saúde.

Sem as bactérias não conseguiríamos digerir as fibras que ingerimos (fruta, vegetais, etc.);sem as bactérias não conseguiríamos obter, naturalmente, vitamina K2, fundamental na fixação de cálcio no osso em concentrações consideráveis.

E porque é um blog de psicologia, relembro a importância da influência destas bactérias nas nossas oscilações de humor.

É verdade! Se não tivermos a flora bacteriana normalizada o tipo de alimentos e nutrientes fermentados irão ser diferentes e isso vai afectar o nosso sistema endócrino.

Em condições normais temos a produção de proteínas que vão regular o nosso apetite e dar sinais de saciedade.

Se a flora não estiver funcional então, preocupe-se... pode ser bem uma das razões para as oscilações anormais do apetite. Os adoçantes (de bebida light e diet e afins) podem alterar a flora bacteriana e são uma razão mais que válida para se desaconselhar completamente o seu consumo.

A bicharada, afinal, é bem mais importante do que pensamos!

Júlio de Castro Soares





quinta-feira, 7 de abril de 2016

Do outro lado do Rio...








Os meus pais dizem que o mundo é complicado! Dizem isso muitas vezes quando lhes faço perguntas assim…difíceis. Quando há coisas que eu não compreendo eu pergunto a eles…e há muitas coisas que eu não compreendo.
Por exemplo, quando falo com eles sobre o meu amigo Zé. O meu amigo Zé…os outros meninos acham que ele é estranho…dizem coisas. Eu só acho que ele é diferente, o que eu acho é que eu sou diferente dele! O Zé senta-se numa carteira sozinho, junto à mesa da professora, ele tem os livros dele e vai aprendendo coisas que eu e os meus amigos já aprendemos noutras classes. O Zé não gosta de dar chutos na bola de futebol, mas gosta muito da minha bolinha prateada que tá pendurada no fecho da minha mala. Eu todos os dias falo com ele, digo sempre Olá e se ele estiver sozinho no recreio vou para o lado dele…às vezes conto histórias, como o Zé não fala…é assim ele quase não fala, mas fala muito pouquinho. Então eu falo para ele, ele não olha para mim mas eu acho que ele ouve as minhas histórias e acho que sabe que sou amigo dele. Quando estou ao pé dele ele nunca vai embora, por isso deve saber! Os outros amigos não brincam com ele, só querem chutar a bola de futebol e um disse que ele tinha autismo!! Perguntei à minha mãe se eu podia ter autismo, mas a minha mãe ficou esquisita e fez uma cara de boneco ou assim. E disse: -  Não! Claro que não! Tu não tens autismo! - E eu perguntei a ela: Mas sabes como posso ter ou se posso comprar para mim e para os meus amigos? Assim podíamos brincar com o meu amigo Zé!! E pronto a minha mãe disse que era complicado e que não era uma coisa que escolhemos e assim. Mas o que eu acho é que o que ela não sabe é que o que é complicado é o Zé não ter ninguém que conheça as suas brincadeiras e consiga brincar mesmo mesmo com ele percebes? Isso é que é difícil não é?

E torna-se irresistível responder ao Manel que sim. Sim isso é que difícil Manel, viver e olhar um mundo que parece desejar constantemente que todos se ajustem a ele, sem que este desça ao chão e não brinque com o que seria suposto, olhe pormenores que mais ninguém consegue ver, que se silencie e tente traduzir uma linguagem que não entende, entre tantas outras coisas. O Manel aos 7 anos apenas desejava estabelecer uma ponte, uma ponte com ambos os sentidos, mas que estava disposto na altura da sua bravura a atravessar em primeiro e conhecer um terreno encapsulado de emoções e misterioso em fantasias. E como é simples criar pontes emocionais que em vez de pressionar e coagir vincadamente os muitos “Zés” que apenas vivem do “outro lado do rio”, permitam ir a esse lado do rio e olhar primeiramente a margem de cá. E aí sim sentir entre os dedos uma bola prateada de metal presa numa mochila e fixar o olhar no céu e ver para lá das nuvens e do profundo azul, e fazê-lo ali mesmo acompanhado por aquele amigo e outros amigos, até que se seja possível sentir pela primeira vez o olhar nos olhos e, talvez, e o dizer do nome. Há “magias” que só acontecem quando somos brilhantemente capazes de enfrentar os medos e os estereótipos e atravessar a ponte para o “outro lado do rio”.


Drª Joana Cloetens
O Canto da Psicologia




terça-feira, 5 de abril de 2016

O tal do omega 3....








Omega-3 macho alfa?

Não é  um tema  novo nesta área das nutrições mas vamos lá pensar a relevância deste tal   omega-3.

Claramente uma descoberta dos tempos modernos e de todas as marcas que comercializam o tal do omega-3, em comprimidos, em gel, em xarope e até em alimentos enriquecidos como por exemplo, os ovos.

Só falta mesmo os seres bípedes e racionais fazerem o mesmo! Como?

Se a ideia da descoberta deste tal do omega 3 pelos seres bípedes é ir também  pelos produtos especiais, vai ser difícil.... a ideia principal é ir mesmo pela via da alimentação:
peixes gordos (cavala, sardinha, salmão, atum, arenque), sementes (linhaça) ou oleaginosas (nozes) são excelentes alimentos para um incremento significativo do tal do  omega-3.

Nesta combinação de omegas é especialmente importante também reduzir o aporte de omega-6, um ácido gordo importante mas que ingerimos em demasia. Onde o ingerimos?
Carne mas não só: bolachas, óleos, margarinas, bolos e todos os produtos processados. Evite!

Com esta equação o que ganhamos (aumento de omega 3 e diminuição de omega 6)?
- Melhoria na função cognitiva.
- Prevenção de doenças degenerativas
- melhoria saúde cardiovascular
- diminuição da inflamação (ex.: articulações)

Outros alimentos com os quais também podemos contar nesta equação alimentar: saliento a cavala e sardinha como peixes da nossa costa,  ideais por serem peixes pescados em liberdade e no seu habitat natural ao contrário dos peixes de aquicultura, obtendo desta maneira um rácio de omega-3 assinalável.

Quanto aos ovos prefira de galinhas criadas ao ar livre e com alimentações sem rações. Truque: quando olhar para o ovo ele terá de ter o código
0PTXXXXX
Ou

1PTXXXXX

Veja como até na  dança dos alimentos há magia!!! É só truques...

Júlio de Castro Soares