terça-feira, 30 de agosto de 2016

Entre o que posso e o que não devo...








A IMPORTÂNCIA DE UMA CORRETA AVALIAÇÃO ANTES DE PRESCREVER EXERCÍCIO

Sendo cada vez maior o número de pessoas a iniciarem a prática de actividade física e tendo em conta que muitos Profissionais prescrevem treinos sem realizar qualquer tipo de avaliação, sinto a necessidade de abordar o tema e alertar a população para a extrema importância de uma Avaliação correta e minuciosa.

Destacar, em primeiro lugar, a necessidade de seleccionar um Profissional do Exercício Físico que tenha uma formação académica superior e a respetiva cédula profissional.
Alguma vez se questionou se o seu “Treinador/Personal Trainer” está devidamente qualificado para a Avaliação e Prescrição de Treino? Estando a falar da sua Saúde, se por exemplo, lhe surge uma dor de dentes procurará um Dentista, então se pretende iniciar atividade física  deverá procurar um Especialista do Exercício devidamente qualificado.

Um bom Profissional do Exercício deverá ser capaz de realizar uma correta avaliação antes de prescrever um plano de treino. Avaliação essa, que deverá consistir, não apenas nos convencionais registos de peso, perímetros ou percentagens de massa gorda e magra, mas acima de tudo numa correta análise da Capacidade Funcional do cliente, incluindo testes de Aptidão Cárdio-Respiratória, de Força, de Flexibilidade, de Mobilidade Articular, de Equilíbrio e Coordenação.


Atendendo aos aspectos anteriormente mencionados, o que esperar de uma sessão inicial de Personal Training?
Que procure identificar os seus objectivos pessoais, de modo a optimizar os seus treinos; que avalie o seu estado de saúde, de forma simples e segura e que permita ao Personal Trainer detectar qualquer problema físico ou psíquico, por forma a diminuir o risco de lesões que possam impedi-lo de continuar a prática de atividade física ou que possam colocar em risco a sua saúde e, se necessário, fazer o devido encaminhamento para o profissional adequado (Ortopedista, Nutricionista, Psicólogo, etc.).

Exemplificando, uma pessoa com Protusão dos Ombros (ombros anteriorizados), devido a uma atividade laboral associada a muitas horas sentado, ao computador ou outros fatores, deverá orientar o bom Profissional do Exercício a enfatizar exercícios que promovam o fortalecimento da musculatura posterior do ombro e região dorsal, bem como exercícios de alongamento da região peitoral e anterior dos ombros, por forma a reduzir encurtamentos, e que permitirão uma boa correção postural.

Apenas realizando uma avaliação precisa e tendo em consideração todos estes aspectos, poderemos afirmar que estamos perante um bom Profissional do Exercício e que este estará apto para prescrever então o plano de treino.
É a sua Saúde que está em ‘jogo’, logo deverá fazer uma minuciosa e cuidada selecção, de modo a que consiga alcançar os seus objetivos de forma segura.


Dinis Anastácio
Fisiologista do Exercício e Personal Trainer
Telem: 962 683 291
dinisanastacio@hotmail.com 



quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Entre a saúde a doença e o sintoma....








Diferentemente do que se poderia supor, a definição da palavra Saúde sempre se revelou uma tarefa particularmente difícil. Talvez por isso mesmo, durante muito tempo, a definição de Saúde não passou de um conceito de oposição à Doença, isto é, 'Saúde é a ausência de Doença'.

A origem da palavra Saúde, do latim 'salus', que se relaciona com as palavras 'salvus' - salvo ou seguro - com raiz no indo-europeu sol- que significa 'inteiro'. É, como se pode ver, desde a raiz da própria palavra, um movimento de permanente oposição à noção de Doença.
A palavra Doença também tem origem no latim, 'dolentia' - sentir dor -, com relação à palavra dole que significa literalmente Dor. Mesma raiz da palavra condolência - dor partilhada.
Já a palavra sintoma, igualmente de origem latina 'symptoma' parece ter uma origem mais misteriosa e, aparentemente, mais distante do sentido contemporâneo, uma vez que significa 'cair - syn - junto - piptein - aos pedaços/em partes - tomo'.
Talvez seja solúvel esta ligação entre o sentido original da palavra sintoma e o sentido actual, se considerarmos que o sintoma não é mais que a manifestação da Doença, isto é, dos pedaços/partes que dela se mostram. Sendo que, regra geral, o sintoma se manifesta através da percepção da Dor, então também Dor é um Sintoma.

Em psicologia as noções de normalidade, saúde, doença e sintoma apresentam-se com dificuldades acrescidas. É que não existem exames que mostrem onde dói, nem tampouco, porque dói. Se é certo que os avanços nas neurociências têm esclarecido o que se passa em termos neuroanatomicos e neurobiologicos, nem por isso esse conhecimento tem sido condição suficiente para uma melhoria significativa na natureza e qualidade dos tratamento psicológicos e psiquiátricos.

Se assim é, então como pode ser definido o conceito de Doença em psicologia?

Recuperamos em primeiro lugar o sentido original da palavra Doença, e reconhemo-la como Dor. Preocupamo-nos de seguida com a origem da Dor, isto é, com o que a está a provocar. E finalmente de acordo com pressupostos funcionalistas e estruturalistas, descrevemos as perturbações das funções psíquicas e natureza da sua estrutura.
Neste contexto, a qualidade do sofrimento do paciente - do latim patientem aquele que sofre -, e suas manifestações são consideradas como a precipitação manifesta dos diferentes sentidos da Dor - cair aos pedaços.

Na grande maioria das vezes o que motiva a procura de ajuda psicológica é o sintoma, e não a doença. E portanto problemáticas como ataques de pânico, hiperactividade, insónia, dificuldades relacionais ou impulsividade são apenas alguns dos sintomas que servem de móbil à procura de apoio psicológico.

Apesar das terapias de inspiração psicanalitica serem consideradas de longo-prazo, tendo durações que podem levar anos, regra geral, observa-se uma melhoria muito significativa do quadro sintomático dentro de apenas alguns meses. 

Quererá isto dizer que a 'doença' está curada? Não necessariamente. 

Nestes casos onde se observam melhorias significativas num curto espaço de tempo, apenas podemos concluir que o acompanhamento psicológico resultou numa diminuição da angústia que se manifestou numa maior contenção do quadro sintomático, permanecendo a estrutura psíquica intacta.

É neste contexto que os pacientes frequentemente abandonam o processo terapêutico. Vendo resultados efectivos no que diz respeito ao pedido inicial, verifica-se o desejo de termino do processo.
Noutros casos o que se verifica não é necessariamente o efeito do processo terapêutico, mas sim uma mudança argumentavelmente favorável dentro do meio onde o paciente vive e se move:  uma reaproximação de uma pessoa amada, um período de férias ou a entrada num novo trabalho podem ser sentidas como terapêuticas.

Embora estas mudanças não sejam efectivamente psicoterapêuticas, elas podem provocar alívio da angústia, dando a ilusão de que a dor desapareceu. É necessário que o processo de alta seja dado por um técnico habilitado e não pela percepção intrasubjectiva da dor pelo paciente...



Dr. Fábio Mateus
O Canto da Psicologia



terça-feira, 23 de agosto de 2016

Uma prisão chamada dieta...







Andamos o ano todo, de verão a verão, intervalando só por ali na altura das festas, a controlar a quantidade  e a qualidade de alimentos que ingerimos com um único foco: chegar ao verão, estar à altura do que a estação exige,  e caber no fato de banho, biquini  ou calção de banho que mais gostamos; exageramos ou não, nas idas ao ginásio; excedemos, às vezes, o limite do corpo em exercício físico; excedemos os gastos do orçamento familiar em promessas vâs de emagrecimento rápido (como se fosse possível de forma saudável) enfim, um rol de situações que nos fazem chegar às férias com a sensação de dever cumprido: o vestido fica lindamente; as calças, fantasticamente bem; a camisa a acentuar os abdominais perfeitos; e que comecem os jogos!!! ;-) 

Mas, tal como todos os anos, os excessos instalam-se e no final das férias trazemos quase sempre na bagagem uns 3 ou 4 quilos a mais... entra o desespero novamente; volta tudo ao mesmo; a cena repete-se até ao próximo ano...

Não se preocupe! Faz parte! E também é importante aproveitar e usufruir de momentos livres de restrições que o aprisionaram durante o ano; e não faz mal procurar novamente ajuda para que, de uma forma saudável, possa recuperar a figura que tinha antes deste período. Mas, faça-o de maneira cuidada, protegendo-se sobretudo do que aparece por aí com a mania que a sua dieta ou, o seu produto é, claramente, uma inovação do século! Lembre-se que há técnicos especialista na área da alimentação/ nutrição que entendem dessa área e que estarão aqui para o ajudar neste percurso difícil de forma a voltar a sentir-se bem;  afinal de contas uma alimentação saudável, exercício físico regular, o cuidado com o sono e uma exposição ao sol moderada, já é um bom principio!!!

E tenha um excelente regresso....






Júlio de Castro Soares
Nutricionista
Tlm.: 962524966




quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O Canto da Psicologia...







Numa quinta feira sem texto mas com imagens e sons de palavras que valem a pena ser vistas e ouvidas!

Há 5 anos atrás sonhámos colocar o que fazíamos de melhor ao serviço de quem mais necessitava de nós...

5 anos volvidos, continuamos a ser os mesmos que iniciámos e mais uns tantos que se juntaram, tendo em comum o mesmo sonho...

Venham muitos mais anos e muitos mais sonhos....

O Canto da Psicologia


terça-feira, 16 de agosto de 2016

Um pudim doce sem pecado...







Porque hoje, é hoje, deixamos só esta receita dedicada a todos os gulosos e sem pecado!!! :-) :-)

Experimentem!! deliciem-se, sem excessos e partilhem por aqui os vossos resultados!! Se tiverem alguma questão, coloquem!! Eu repondo!!





Júlio de Castro Soares
Nutricionista
Tlm.: 962524966






terça-feira, 9 de agosto de 2016

Numa relação com o meu tupperware...









Já olhou para o seu tupperware?


Alguma vez reparou nestes símbolos? Deveria.
Estes símbolos, consoante as situações pretendidas, devem figurar nas embalagens onde acondiciona a sua comida.

1)      A generalidade dos plásticos não está preparada para ser levada a altas temperaturas. Não só para aquecer a comida, mas também quando coloca comida ainda quente num recipiente (ex.: embalagem dos gelados).

2)      Pode não acreditar, mas há muitas embalagens plásticas onde não devia colocar a comida. Algumas substâncias como o Bisfenol A são cancerígenas (ex.: verifique os tupperwares que compra).

3)      Nem todas as embalagens estão preparadas para o frio, pois podem não garantir a correta conservação e a manutenção das qualidades organoléticas.

4)      Ao ter o segundo símbolo NÃO significa que pode aquecer no micro-ondas (ex.: caixa take-away).


                                                                                                                          (Adaptado de DecoProteste)

5)      Verifique sempre este símbolo, assim garante que a embalagem está apta a altas temperaturas e à ação dos detergentes.




Júlio de Castro Soares
Nutricionista
Tlm.: 962524966




quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O Agosto não tem que ser abandónico...










As férias de Verão continuam a ser sinónimo de abandono de animais domésticos. Nesta altura do ano, as associações de proteção de animais ficam em estado de alerta para esta realidade que, apesar das diversas campanhas de sensibilização e de alterações legislativas, teima em continuar. O que fará com que tantas pessoas, ano após ano, optem por ter um animal de estimação e, de um dia para o outro, essa situação reverta, deixe de ser importante a sua amizade e companhia e o abandono seja a solução encontrada? Infelizmente, é uma situação muito triste que a nós, Canto da Psicologia, nos toca e nos sensibiliza, dado o carinho que também demonstramos pelos nossos amigos de 4 patas.

Mas podemos até ir mais além, lembrando-nos que não são só estes amigos os infligidos por situações de abandono sazonais. Os nossos idosos são também vistos, provavelmente por meros segundos que depois pesam na caixinha do arrependimento, como um estorvo face à partida para momentos de descanso, diversão e mudança de vida, nesta altura tão expetável que é a das férias. Importa perceber que  não estamos cá para condenar quem opta por tomar determinadas decisões, mas tentar ajudar, tentar prevenir e, quem sabe, fazer a nossa parte para reverter estes ciclos, ano após ano.

O que é, afinal, o abandono? Será ele meramente sazonal e infligindo aqueles que vemos como mais frágeis e indefesos? Ou será ele uma instância tão mais interna, tão mais profunda, uma reação presa no medo, uma ação assente noutros abandonos, mais um menos penosos, mais ou menos conscientes, que todos nós já vivenciámos? Quantas vezes, ainda na presença de alguém, temos a nítida sensação que podemos vir a ser abandonados a qualquer momento? Quantos momentos deixámos de aproveitar na sua plenitude, pela angústia antecipatória de saber que os mesmos iriam acabar? Quantas vezes vivemos apavorados com o receio da perda dos que amamos, ou de qualquer outra situação que nos traz felicidade e estabilidade?

Somos, sem dúvida, o reflexo de como fomos construindo o nosso mundo interno, de como fomos sendo valorizados, de como fomos sendo ensinados a cativar e ser cativados, de como fomos construindo um objeto interno suficientemente seguro, coeso e capaz de nos acompanhar ao longo do tempo, capaz de nos fazer não ter medo de perder e não repetir, ciclo após ciclo, essa mesma perda que não esquecemos desde a infância.

Mas nunca é tarde, para se aprender e perceber que o mundo não é, afinal, um lugar tão inseguro e ameaçador, em que não se pode confiar em ninguém e, acima de tudo, construir a confiança em nós próprios, inspirando todo um desenrolar de relações naturalmente mais sólidas, mais tranquilas e mais duradoras. A sensação de ter valor é essencial à saúde mental, é essencial à construção de relações duradouras, que não quebram no primeiro “Agosto”, que são capazes de pensar em soluções alternativas para contornar os obstáculos e que permanecem coesas.

Quando nos tornamos mais conscientes do que fomos guardando naquela gaveta tão funda do inconsciente, podemos começar a agir sobre tudo aquilo que vivenciámos, aprendendo a respeitar os nossos sentimentos mais profundos, assumindo a responsabilidade sobre as nossas mudanças e contruindo uma história tão diferente. 

E porque o abandono é, certamente, a maior força motriz geradora de um novo abandono, nós estaremos cá para si, para o ensinar, acima de tudo, a não se abandonar a si próprio, a investir num novo eu, sem desistir de si, porque é sempre possível construir um novo começo, em vez de continuar, tão só, a temer um novo fim.


E antes de ir de vérias, assista a este vídeo....



Drª Cláudia Ribeiro
O Canto da Psicologia



terça-feira, 2 de agosto de 2016

Ao sabor do açúcar...





(extraído de DecoProteste)

E aí estamos nós, em tempo de refrigerantes, bolas de berlim e afins, a falar do inimigo número 1 de todos os que dão o litro por um bom gelado numa época de veraneio: o açúcar!!

E afinal de contas, pensando bem, a culpa não é totalmente dele, é nossa e dos nossos excessos!  Do consumo desenfreado, sem consciência disso, através de refrigerantes, molhos processados, pão, etc..., numa infinidade de produtos já preparados que usam o açúcar enquanto matéria para dar sabor e prolongar o prazo de validade...

Sabemos todos que apesar de não ser um alimento necessário dá-nos unicamente energia, mais nada, e que há um nível elevado da população que ingere de uma forma velada para lá do aceitável como por exemplo nos sumos, refrigerantes, néctares, chás gelados etc.

Dizem que é um veneno e que as caloria que provém dos açucares são designadas por calorias vazias e como pouco interesse nutricional; cada vez mais percebemos que não precisamos deste ingrediente, no entanto, para alguém com um peso normal e uma vida saudável pode sempre consumi-lo de forma equilibrada!!

Por isso, se se enquadra neste último grupo de pessoas, venha de lá então, de quando em vez, a companhia de uma bola de berlim à beira mar, neste período de férias que começou ontem...


Júlio de Castro Soares
Nutricionista
Tlm.: 962524966