OS DIREITOS DAS FAMÍLIAS
1. Todas as Famílias têm direito ao Afeto,
ao “amo-te mais que tudo” e ao “infinito mais além”;
2. Todas as Famílias têm direito a um teto,
daqueles que protegem das tempestades mas
também daqueles que não se constituem
como um pesadelo;
3. Todas as Famílias têm direito a
pequeno-almoço incluído, com direito a “bom dia alegria!” e sem pressas de
chegar a algum outro lado;
4. Todas as Famílias têm direito ao domingo
à tarde, ou a outra tarde (para não pedir um dia inteiro) com passeios de
mal-me-quer, corridas de bicicleta, conversas à volta do chão, formiguinhas
pelos pés acima e um ar cansado de feliz;
5. E nas tardes de chuva, todas as Famílias
têm direito ao aborrecimento, ao não ter nada para fazer a não ser colos, e a
rirem (ou chorarem) conjuntamente de filmes na televisão;
6. Todas as Famílias têm direito a poucos
trabalhos de casa (ou nenhuns) e a partilharem o seu final de dia não dividindo
ou somando números mas contando as histórias de triunfo e angústia que
decorreram naquela jornada;
7. Todas as famílias têm direito à crise,
seja que crise for, e todas as Família têm direito à ajuda, suporte, apoio;
formal e informal; direto e indireto; social, pedagógico, terapêutico…
8. Todas as Famílias têm direito a
definirem a palavra família no dicionário, porque todas as Famílias têm direito
à sua individualidade, unicidade, singularidade, e todas as famílias têm
direito a ver-se definidas nos dicionários;
9. Todas as Famílias têm direito ao tempo,
do que demora a passar, mas que já passou, do que permite estar, mas que é
sempre tão pouco, daquele que deixa as famílias terem o espaço para se
conhecerem uns aos outros mais do que a soma das suas partes;
10. Todas as Famílias têm direito a
escreverem os seus direitos e expô-los na porta dos frigoríficos, porque os
direitos das Famílias preservam os direitos das Crianças e devolve-lhes a
segurança de que este é um lugar maravilhoso para se crescer!
Drª Lúcia Paço
O Canto da Psicologia
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