sexta-feira, 7 de junho de 2013






Um triângulo amoroso no divã…

O palato sentou-se com uma veemência fogosa como que ardente das malaguetas da paixão…e sem entraves traz-nos um enredo romanceado entre três conhecidos, numa história breve que antecede os grandes dramas e faz dos três um triângulo de entradas mágico.

Uma paixão arredondada e desequilibrada começa com 2 ovos que mergulham até ferver e se cozem sem mais nem menos. Já arrefecidos despem-se de preconceitos e descascam-se a rir com a brancura um do outro. Riem tanto que se desmancham em duas metades e os seus pequenos corações amarelos saltam dos seus peitos e juntam-se numa tigela. A seco pedem uma colher de sopa bem cheia de maionese e outra generosa de mostarda Dijon, grãos moídos de três pimentas, um colher de café de caril “madras” e claro…raspas finas de laranja, lima e manjericão. Mexendo e remexendo estes corações bem mais apetitosos saltam de novo para os respetivos peitos abertos e encaixam na perfeição voltando a bater a um ritmo mais compassado. Sobre uma leve cama de rúcula com molho vinagre eles repousam à espera que uma paixão à primeira vista os arrebate.

O que não se faz tardar…pois no forno tostam duas robustas fatias de pão alentejano traçadas a linhas de azeite, pimenta moída e orégãos. Recebem fatias de tomate cru meio de sal e claro…finas fatias de “brie” que em breves minutos se derretem à medida que o pão no fundo se tosta. Deixam o calor intenso e acolhem tenras folhas de rúcula, gomos finos de maçã e pequenos pedaços de hortelã.

No liquidificador já aguarda a outra metade da maçã com 2 kiwis já maduros, uma colher de sobremesa de canela e 5 folhas médias de espinafres. Com a ajuda de meio copo de água transforma-se num néctar verde amor pronto a envolver os outros elementos num triângulo amorosa de três pontas tão diferentes quanto inseparáveis.

Este palato tornara-se ao longo da sessão brilhante e corado…a história que testemunhará ter-lhe-ia valido um gosto e paladar que jamais esquecera…e então a saudade instalara-se e era preciso aprender a lidar com isso.



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