terça-feira, 16 de abril de 2013


Somos todos um pouco Contadores de Histórias!

Há um cheiro que fica no ar! O cheiro do leite a ferver , do bolo que termina no forno e até o cheiro da história que a minha avó contava, num ritual semanal, num dia específico  da semana, na hora da avó e neta.  – curioso, agora que recordo, quase como um prenúncio  do que seria o meu futuro: escutar narrativas de vida, a um dia de semana, num horário previamente combinado entre psicóloga e paciente -.
Como boa Contadora de Histórias que era, não prescindia de preparar todo um cenário que anunciasse de uma forma velada o tipo de história que iria ser contada nesse dia:  de príncipes e princesas ou,  lendas perdidas no tempo ou, histórias de animais ou, histórias da  sua própria história!
E tudo começava com o tom mais apropriado ao tipo de enredo, pela  famosa frase que dá início à fantasia em todas as histórias: “ Era uma vez…”
 E eu, deliciada por todo o contexto envolvente, num ápice, voava em pensamento para onde ela me levava através da voz, da entoação, do narrar; num instante eu era a princesa, como de seguida o príncipe, como logo depois um dos porquinhos a fugir do lobo mau ou, o grilo falante no nariz do Pinóquio ou, a neta amedrontada a levar o lanche à avó pela floresta densa do enredo ou, a branca de neve à espera do beijo que ficava só no pensamento que eu ainda não tinha idade para isso ou,  o patinho feio, enfim …um rol de personagens que tomavam forma e vida, num espaço de afecto, em que o mundo rodopiava lá fora mas, que ali, só eu importava!
Deliciosamente eu me encantava….

Enquanto também contadores de algumas histórias, histórias que passaram aqui através dos  nossos textos, O Canto da Psicologia não poderia deixar de assinalar este dia pelas histórias que já lhe contaram e o fizeram sonhar, pelas histórias que já contou e fez sonhar e, sobretudo,  pela sua inquestionável capacidade de criar e mudar, a sua própria história.
A equipa deseja-lhe um bom dia…

O Canto da Psicologia
Dr.ª Ana de Ornelas

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