Somos todos um pouco Contadores
de Histórias!
Há um cheiro que fica no ar! O
cheiro do leite a ferver , do bolo que termina no forno e até o cheiro da
história que a minha avó contava, num ritual semanal, num dia específico da semana, na hora da avó e neta. – curioso, agora que recordo, quase como um prenúncio
do que seria o meu futuro: escutar narrativas
de vida, a um dia de semana, num horário previamente combinado entre psicóloga
e paciente -.
Como boa Contadora de Histórias
que era, não prescindia de preparar todo um cenário que anunciasse de uma forma
velada o tipo de história que iria ser contada nesse dia: de príncipes e princesas ou, lendas perdidas no tempo ou, histórias de
animais ou, histórias da sua própria
história!
E tudo começava com o tom mais apropriado
ao tipo de enredo, pela famosa frase que
dá início à fantasia em todas as histórias: “
Era uma vez…”
E eu, deliciada por todo o contexto envolvente,
num ápice, voava em pensamento para onde ela me levava através da voz, da
entoação, do narrar; num instante eu era a princesa, como de seguida o príncipe,
como logo depois um dos porquinhos a fugir do lobo mau ou, o grilo falante no
nariz do Pinóquio ou, a neta amedrontada a levar o lanche à avó pela floresta
densa do enredo ou, a branca de neve à espera do beijo que ficava só no
pensamento que eu ainda não tinha idade para isso ou, o patinho feio, enfim …um rol de personagens
que tomavam forma e vida, num espaço de afecto, em que o mundo rodopiava lá
fora mas, que ali, só eu importava!
Deliciosamente eu me encantava….
Enquanto também contadores de
algumas histórias, histórias que passaram aqui através dos nossos textos, O Canto da Psicologia não
poderia deixar de assinalar este dia pelas histórias que já lhe contaram e o
fizeram sonhar, pelas histórias que já contou e fez sonhar e, sobretudo, pela sua inquestionável capacidade de criar e
mudar, a sua própria história.
A equipa deseja-lhe um bom dia…
O Canto da Psicologia
Dr.ª Ana de Ornelas
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