sexta-feira, 19 de maio de 2017

Saudável mas tesa!







Digam o que quiserem mas ainda não consegui, e acreditem já fiz várias tentativas, ser evangelizada à despensa saudável; não porque não queira, ou porque não veja todas as vantagens, porque se há tanta pessoa a falar nisso, é porque há vantagens… digo eu!

Contudo, são várias as dificuldades que me assistem no momento em que decididamente digo para mim: “- é desta que vais ser a próxima “Belinha”. Há vários obstáculos a esta minha demanda, mas vou falar deste que me é querido, que é a nota gorda que este espetacular cabaz de super alimentos custa.

Isto é, não chega levar uma abóbora ou uma couve que ali jaz em qualquer prateleira de um qualquer supermercado! Não! Ou é biológico, o que implica sempre pensar que acabei de adquirir o Bentley dos legumes, ou então não vai surtir o mesmo efeito.
Logo aqui entro no meu primeiro momento de dissonância cognitiva deste processo, que é o mesmo que dizer: “-foste gastar 4 euros numa porra de uma abóbora?!”, ao que eu respondo: “sim! é para o teu bem!”

E quando a pessoa se decide a entrar num desses supermegaespetaculares mercados bio, a coisa entra numa outra dimensão…estes supermercados são 3 furos acima dos ditos ordinários supermercados; colocarem guias a explicarem para que serve cada um daqueles legumes verdes Lamborghini e leguminosas Jaguar e a coisa seria bem melhor…só que não.

Entrar nestes espaços é ter nova sensação de dissonância cognitiva, que é o mesmo que dizer:  “-mas o que vieste aqui fazer, se nem sabes ao certo o que vais comprar nem para servem estas porcarias todas?!”, ao que eu respondo: “vai que é para o teu bem!”

E eu vou…e entusiasmo-me… e ela é acelga biológica, abóbora hokaido, couve kale, saquetas de spirulina, mais uma de clorela, tapioca hidratada, trigo sarraceno, whey e por aí se enche todo um cabaz supermegaespetacular de bens de quinta necessidade e de elevada dispendiosidade. No final, vou somar imensos super nutrientes ao meu corpinho e menos euros no meu saldo bancário.


E agora a parte importante. Se me sinto mais saudável depois de ingerir estes super alimentos?

Não!

Primeiro, porque não faço ideia de como os cozinhar e a frustração é imensa porque basta abrir as redes sociais e aparentemente toda a gente sabe fazer uma bela crepioca com camu camu, salpicada de pimenta cainea, menos eu.
Segundo, porque quando consigo confeccionar algo, a verdade é que me sabe sempre tudo ao mesmo…que é mal, mas mal! (Já admiti acima que é falta de jeito meu muito provavelmente).

A vantagem desta vã tentativa é uma.
Como gastei o dinheiro todo do mês para o supermercado nestes mega produtos de uma tirada só, vou com certeza emagrecer com a fominha que passo até que chegue o próximo dia de receber o dito (deve ser assim que elas emagrecem…).


Petra




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